O aparato de "justiçamento" composto pelos diversos segmentos da JUSTIÇA
que deveriam atuar em prol de uma Justiça imparcial, (Êpa! Se é Justiça,
precisa ser imparcial?), não tem limites! Vai além das fronteiras brasileiras e alcança o continente africano e pasmem! Sai em defesa, desta vez, de empresas
chinesas contra a Odebrecht e, alvo principal, o ex-presidente Lula.
Vejamos o que comenta Luis Nassif em seu blog.
Não há mais limites para a
politização do Ministério Público Federal.
A denúncia da Procuradoria da
República do Distrito Federal contra a Odebrecht e Lula, por suas ações para
conquistar mercados em países emergentes, é um dos capítulos mais graves da
atuação política do órgão (http://migre.me/pGGtG).
Desde o início dos anos 90, obras de
construtoras brasileiras no exterior foram enquadradas na categoria “exportação
de serviços”, tendo acesso a linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional
do Desenvolvimento Econômico e Social).
Já em 2003, o banco contava com um
departamento especializado em América do Sul, com US$ 2,6 bilhões de projetos
em carteira.
Junto com as obras vão equipamentos
brasileiros, insumos brasileiros e, frequentemente, trabalhadores brasileiros.
Reconhecendo que as características
da venda de serviços são similares a de exportação de produtos, houve
enquadramento no PROEX (Programa de Financiamento às Exportações).
Em 15 de outubro de 2014, a Época
Negócios exaltava a estratégia de internacionalização das empresas brasileiras
(http://migre.me/pGFJi)
a partir de estudos da Fundação Dom Cabral.
A conclusão do estudo foi a de
que o melhor mercado para as multi brasileiras são países em desenvolvimento:
"Como as empresas brasileiras inovam mais em processos, acabam se
dando melhor em países não desenvolvidos, porque sabem lidar melhor com
instituições desestruturadas".
E qual a razão da melhor
competitividade das empresas brasileiras?
“Nesse sentido, o estudo mostra que
os brasileiros têm conseguido muita "aceitabilidade" e lidam melhor
que os norte-americanos, por exemplo, com a diversidade cultural de outros
países. "Ao invés de chegar e sobrepor a sua cultura àquele país, a
maioria das empresas brasileiras adaptam processos, produtos e culturas aos do
anfitrião".
A primeira colocada no ranking da Dom
Cabral foi a Construtora Norberto Odebrecht (http://migre.me/pGFQN), com um índice de
internacionalização de 54,9%.
A ascensão das multinacionais
brasileiras foi um feito celebrado por todas as escolas de administração. Em
2005 a revista Forbes passou a incluir empresas de países emergentes entre as
500 maiores do mundo. Esse mesmo mapeamento passou a ser feito pela Boston Consulting,
que incluiu 14 empresas brasileiras na lista dos “100 maiores desafiantes
globais” (http://migre.me/pGG0i).
No ranking da Dom Cabral. A Odebrecht
aparecia em 28 países do mundo.
As suspeitas do MPF
Saindo do governo, através do
Instituto Lula, o ex-presidente focou sua atividade internacional na África. Da
mesma maneira que a Fundação Clinton, do qual FHC é membro. E a o soft
powerbrasileiro – cuja maior expressão é a imagem pública de Lula no mundo –
foi utilizada para enfrentar a invasão chinesa na África e em outros países do
terceiro mundo.
De repente, o que era uma estratégia
brasileira vitoriosa, nos olhos da inacreditável Procuradoria da República do
Distrito Federal – e da inacreditável revista Época – torna-se objeto de
inquérito.
Trechos da reportagem da revista
Época sobre as investigações do Ministério Público Federal de Brasília a
respeito das viagens de Lula e dos negócios da Odebrecht em outros países.
As suspeitas são de superfaturamento
de obras... em outros países.
Um resumo das denúncias:
1. A
Odebrecht venceu uma licitação para obras na República Dominicana, usinas
termelétricas em Pinta Catalina no valor de US$ 2 bilhões. “Suspeita do
Ministério Público”, segundo a revista: superfaturamento da obra (na República
Dominicana) porque o valor proposto pela Odebrecht seria o dobro da segunda
colocada. O MPF acolhe denúncia do grupo chinês que perdeu a disputa.
2. Obra da
Odebrechet em Gana, logo após a visita de Lula: construção de corredor
rodoviário no valor de US$ 290 milhões. A “suspeita” do MPF é que, quatro meses
após a visita de Lula, a Odebrecht fechou o contrato.
A maior empreiteira brasileira, a
mais internacionalizada, a maior cliente do BNDES no setor, com obras em 28 países,
é colocada sob suspeita devido a duas obras em pequenos países de terceiro
mundo.
Entre 2009 e 2014, a construtora fechou 35 contratos com o BNDES, para
financiar obras de infraestrutura em outros países, , Angola, Argentina, Cuba,
Equador, Venezuela e República Dominicana, construindo aeroportos, rodovias,
linhas de transmissão, hidrelétricas, gasodutos, metrôs, portos (http://migre.me/pGGeH). E 32 desses
contratos firmados com governos nacionais, que são os entes responsáveis pelas
obras de infraestrutura