sábado, 22 de fevereiro de 2014

SEM NOME, SEM FIM, SEM COMEÇO.

As manifestações "deram um tempo", o STF continua quadrilhando os "mensaleiros", ao tempo tempo em que esquecem do mensalão do PSDB, da operação Satiaghara, do "Principe das Privatizações", da "Operação Banqueiro"...e eu naquela de proposital alheamento momentâneo, vou publicar um poema recém saído do "forno", leiam comigo por favor.


EU PRECISO ESCREVER PRA VOCÊ
NÃO SEI SE DÁ PRÁ FALAR
 É, MAS FALAR O QUÊ?
 ME PERGUNTAM, CADÊ VOCÊ?
FALAR... PRÁ QUE DIZER?
PRÁ QUE EXPLICAR?
VOCÊ TÁ LONGE, NÃO TÁ AQUI
”AQUI ONDE TUDO É ESCURO”,
LÁ FORA  NÃO “VEJO LAGARTOS”, MAS SERPENTE ME ESPREITA
A MESMO COISA SE FAZ E ACONTECE
OU DEIXA DE ACONTECER, DÁ NA MESMICE,
E VELHICE RIMA COM CRIANCICE
 E, ORA BOLAS, RELIGIÃO COM CRENDICE,
QUÃO PERTO, TÃO LONGE ESTÃO ESTES CICLOS.
É! O MUNDO DÁ VOLTA, VOLTA E MEIA
DO PONTO INICIAL RODA, VOLTEIA, É UM DIA.
É UM DIA E MEIO.
UM PINGO, MUITOS SOBRE NÓS CAEM
O LENÇOL. COBERTURA, NADA COBRE.
OS TALHERES NÃO SÃO DE AÇO, SÃO DE COBRE.
DO BARRO VIEMOS, DIZEM
E NO BARRO EU ESCARRO.
PARA CHORAR, NADA FALTA,
AS LÁGRIMAS TEIMAM, NÃO ESCORREM.
PRA ALEGRAR, SAMBO COM SAPATO
LÍNGUA DE JACARÉ, SABE COMO É QUE É ?
MUITOS SABEM, POUCOS NÃO,
TALVEZ NÃO SABE “O UM POR CENTO”, QUE NÃO CONHECE OS REIS. (leia réis)
DOS MILHÕES QUE CONHECEM, AO INVÉS.
SAPATO ALI ERA DE DOIS MIL REIS.
COM PREGO MENOS AINDA,
SATISFAZ MESMO ASSIM MEU EGO.
ARRE QUE RUIM!
QUERIA SER UM ANJO, UM QUERUBIM,
NEM REZA QUERO, EXCOMUNGADO!
“DEITA COMO UM JEGUE, LEVANTA COMO UM BURRO”
AI DE MIM! NADA SOU, O ÁTIMO ENFIM.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ÁTIMO E PÓ?
E SEMPRE PENSEI EM MAIS, PENA, OH!!!
POR VEZES, UMA VIVA ETERNIDADE,
 SERÁ QUE HÁ ETERNA VIDA?
NÃO SEI. APRENDI QUE NADA VIVE ALEM DO PERMITIDO,
COMO IR ALÉM DA IMORTALIDADE DAS COISAS,
E QUEM DEIXA OU PERMITE?
AH! CANSEI, DE PROCURAR,
DE NOVO, AI DE MIM! CANSADO ESTOU,
CANSADO, CANSADO DE TUDO, DO AMOR.
(ESCREVI CANSADO SEM O “N”, UM ATO FALHO?)
O CASAMENTO É A VIDA? SEI SIM, SEI NÃO. NADA SEI
PRÁ NADA DIZER, DE UM A CEM CONTEI.
MAS NÃO TEM NADA, NÃO,
OH! COMO VIVER É ÓTIMO!
PODERIA OTIMIZAR MAIS AINDA, MAS NÃO SOU CAPAZ,
QUEM INVENTOU A VIDA,
POR QUE NÃO INVENTOU A PAZ.
QUEM A VIDA INVENTOU
COM NADA MAIS SE PREOCUPOU.
A VIDA POR SE SI SÓ NÃO VIVE!
AH! A MORTE LHE ESPREITA,
SEI, PORQUE LÁ ESTIVE. SERÁ MESMO? E AQUI ESTOU.
DÚVIDAS, DÚVIDAS. NADA, PAPAI NOEL EXISTE, OH, OH, OH, OH..

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"O ALARME" é um ALERTA!

Eu cá com "meus botões", este cara é demais! Discorrendo, como sempre faço, pelos blogues “sujos”, sujos porque não conseguem se livrar do lixo imposto pela grande imprensa, quando no exercício da nobre função que é o de fazer contra ponto à massiva campanha de derrubada do regime legitimamente vigente.
Bem, então, discorrendo pelos blogues tais, encontro a transcrição do texto abaixo, de autoria de Fernando Veríssimo. Nosso querido escritor de uma forma inteligente aborda, ou melhor, escancara o processo de envenenamento (“essa raça predatória e assassina já tinha a capacidade técnica de invadir, e fatalmente envenenar, o Universo”) que se está a impor ao regime democrático aqui em vigor com a complacência, com a omissão e, até, com a ajuda de “forças” que se denominam progressistas, demo(ÊPA!)cratas,etc. Portanto, ATENÇÃO! “O alarme” é um alerta.

Quem viu o filme de Stanley Kubrick “2001 — Uma odisseia no espaço” se lembra do monólito, aquela pedra lisa encontrada por um astronauta na órbita de Júpiter, que se revela estar ali há milhões de anos como uma espécie de alarme.

Sua descoberta por terrenos significaria que essa raça predatória e assassina já tinha a capacidade técnica de invadir, e fatalmente envenenar, o Universo. O monólito era um aviso. Esta interpretação não fica clara no filme, mas o titulo do conto de Arthur C. Clarke no qual Kubrick e o próprio Clarke basearam seu roteiro é “O sentinela".

Haveria um momento na vida das pessoas ou das sociedades em que funcionaria um alarme parecido com o que alertou o Universo para a chegada dos temíveis humanos, no filme. Pode-se especular sobre qual seria esse momento para um judeu na Alemanha, nas primeiras manifestações do nazismo, por exemplo.

Seria a pregação racista do partido mesmo antes de assumir o poder? Seria o que já se sabia do pensamento de Hitler e outros teóricos do fascismo? Qual o exato instante em que este hipotético judeu se convenceu que era preciso fugir do holocausto que se aproximava?

Para muitos o aviso nunca veio, ou veio tarde. Muitos não acreditaram que o nazismo chegaria ao poder e depois aos seus excessos. E pagaram por não reconhecer o momento. Demorou algum tempo para que o resto do mundo se desse conta do que estava acontecendo na Alemanha nazista.

O fascismo foi visto como um bem-vindo antídoto para a ameaça comunista. Já havia perseguição a judeus e outras minorias no país e a companhia Ford continuava fazendo negócios com a Alemanha — e continuou a fazer negócios depois do começo da guerra. Henry Ford era um notório antissemita, mas os produtores de Hollywood que desencorajavam críticas ao regime de Hitler nos seus filmes para não perder o mercado alemão eram todos judeus. Nenhum reconheceu o momento.

Na falta de um sentinela para nos alertar que os bárbaros estão tomando conta, resta confiar no nosso instinto. Quando chegará o momento que nos convencerá que isto aqui não tem jeito mesmo, e a procurar uma saída? Será que o momento já veio e já foi, e nós não notamos? E sair pra onde? Pra dentro, para a alienação e a burrice induzida, ou para fora, com o euro caro desse jeito?

Luis Fernando Veríssimo é escritor.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

UMA CRÔNICA DOS ANOS SESSENTA

Alheando-me momentaneamente à atual conjuntura política, obrigado a uma pausa para reflexão diante dos últimos acontecimentos, especialmente do fato da morte do cinegrafista que cobria uma dessas manifestações que grassam em nossas cidades, publico a crônica a seguir que remonta aos saudosos, apesar de tudo, anos sessenta.   
A FESTA DE ANIVERSÁRIO DE CHARLES
Lá pelos idos dos anos sessenta, o bairro da Liberdade, assim como toda a Cidade era humanamente habitável. O “Duque de Caxias” (colégio) era desprovido do horrível muro que o faz parecer-se agora a um presídio. Ainda havia o abrigo dos bondes. Os bondes, ah! Os bondes ainda trafegavam, disputando espaço com os carros outros. Bem próximo ao abrigo ficava a escola e a residência de Charles. Naquele abrigo, um português, “seu” Manoel, explorava um ponto comercial. Charles era um dos integrantes da gangue, (nada a ver com as atuais "irmandades" do mal), na qual militavam Vadinho, alvaiade, negro que só ele, retinto!; Álvaro, karatê, apaixonado pela luta marcial; Manoel, diabo. Ah, este aprontava demais!; convinha-lhe muito bem o apelido. Miro, preto; Paulo, nagô, ou Paulo Capoeira, ou... eram tantos os apelidos; Bené, o bito, bito; Tampa (sabe? Não faço ideia de seu real nome). Este merece um capítulo à parte. Tampa foi o moleque mais completo que conheci em toda a minha vida. Tudo da molequeira, da malandragem ele fazia e fazia muito bem. Jogava bola. (O cara dava bico em bola de couro. Hoje em dia, não há mais necessidade de se usar a expressão adjetiva de couro. Até porque as bolas, ao que parece, não são mais feitas de couro e dava bico com o pé descalço! (como se dizia na época, na paleta). Jogava bola de gude, era tiro! Empinava arraia, cortava tudo quanto era arraia adversária. Jogava pauzinho, ganhava todas, dominó... Fumante inveterado; possuía, no entanto, um fôlego invejável, tanto que pegava areia com a boca no fundo do Cais de Dez Metros, em Água de Meninos. Após sofrer um acidente de carro nunca mais foi o mesmo, tendo falecido ainda muito jovem).
Dizia eu que a turma era formada por estes tantos e alguns outros, itinerantes, e Elísio, queró. Este é, talvez, o protagonista principal desta história.
Bem, Charles, filho de uma professora, branca, com um negro americano, ao que me parece, marinheiro em infindáveis viagens (nenhum de nós conheceu o dito cujo). Desta maneira, nosso amigo desfrutava de uma vida remediada: sua mãe, professora dirigia sua escola particular. Seu pai deveria enviar polpuda mesada. Ele próprio era funcionário municipal. Para dizer bem da sua condição, foi ele a primeira pessoa no bairro a possuir uma lambreta. Para quem não sabe, lambreta é o que hoje em dia se chama por bizz. Pois bem, peguei uma carona com ele para a cidade, prá nunca mais. Foi uma viagem de horror, da Liberdade até a “cidade” – cidade quer dizer, o Terreiro de Jesus, o hoje centro histórico, como já bem traduziu Gilberto Gil -, o cara ultrapassava tudo quanto era veículo que estivesse à sua frente, em desabalada carreira. Por causa disto, tomei pavor de garupa de motocicleta e assemelhados.
Mas, foi num dia de festa aniversário de Charles que tudo aconteceu. A gangue fazia-se presente e rolava o clima natural de festa. Mas a bebida já demorava a sair e alguns impacientes começaram a reclamar e a procurar maneira de contornar à privação de bebida e eis que alguém volta os olhos e depara-se com um litro de Bacardi. “Faz ombro arma” dele e convoca os demais a se dirigirem ao bar. Ali chegando, compra-se uma coca-cola, que é misturada ao líquido surrupiado: de pronto, vê-se uma mistura heterogênea – sabe, aquele característico aspecto de, por exemplo, água com óleo? - nos copos. Paulo, nagô, usando dos seus conhecimentos físico-químicos, sentenciou: “coca-cola não se dá com Bacardi”. E ai é que o nosso Elísio “queró” entra na história. Foi o primeiro, o mais afoito a emborcar o drink, cuja composição foi feita de coca-cola com querosene, que ingenuamente substituía o Bacardi. Dai em diante, Elísio passou a ser chamado de Elísio “queró”, uma corrompida alcunha, embora amigável originada da palavra querosene.


sábado, 8 de fevereiro de 2014

MAIS UMA ASQUEROSA CAPA DE UMA REVISTA SEMANAL – que é um dos porta-vozes da Imprensa Golpista

É oportuno transcrever o texto de Rodrigo Vianna, extraído do blog de Luis Nassif.
A Veja é a barbárie. A Veja – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.”
por Rodrigo Vianna, em O Escrevinhador, sugerido por Júlio César Macedo Amorim
Nas redes sociais, tarde da noite de sexta-feira, jornalistas afinados com o tucanato e militantes da esquerda extremada se esparramavam em elogios à capa da “Veja”. Eu, que procuro manter distância sanitária da revista, aproximei-me da capa. E só consegui enxergar um gesto de oportunismo barato.
A “Veja” expõe a imagem – chocante, lamentável, triste – do rapaz preso pelo pescoço num poste na zona sul carioca, e aproveita a cena não para refletir sobre a tradição oligárquica brasileira, não para pensar sobre nossa história de 300 anos de escravidão, ou sobre nossa elite que reclama de pobres nos aviões e clama sempre pela resposta fácil do liberalismo de araque e da violência de capatazes. Não. “Veja” usa a foto terrível em mais uma tentativa para desgastar a imagem do Brasil; e também – que surpresa – para culpar o “governo”. Que governo? Ah, não é preciso ser muito esperto pra descobrir…
Emoldurando a foto triste, “Veja” berra em letras garrafais: “Civilização” e “Barbárie”. E depois acrescenta a legenda malandra, velhaca: “A volta dos justiceiros, criminosos impunes, colapso no transporte, caos aéreo. Onde está o Brasil equilibrado, rico em petróleo, educado e viável que só o governo enxerga”.
Certamente, o Brasil “equilibrado” não está nessa revista. “Veja” pratica o jornalismo da barbárie, um jornalismo que escreve “estado” assim – com “E” minúsculo – numa espécie de bravata liberal fora de época. “Veja” envenena o país todos os dias, com blogueiros  obtusos, asquerosos, que falam para um Brasil pretensamente senhorial, como se ainda estivéssemos antes da Revolução de 30.
Curioso, também, ver a “Veja” falar em “barbárie” e em “criminosos impunes”. Logo essa revista, tão próxima do bicheiro Cachoeira, pautada pelo bicheiro, amiga do bicheiro. A tabelinha com Cachoeira é – sim – um exemplo perfeito desse Brasil de criminosos impunes.
A “Veja”, que tenta pegar carona na imagem do rapaz preso pelo pescoço, pratica um jornalismo justiceiro – que invade quartos de hotel, “julga” e “condena” sem provas, inventa fatos, publica grampos sem áudio, alardeia contas no exterior e dólares em caixa de whisky. Tudo falso, falsificado. Um jornalismo que acredita em boimate e Gilmar Mendes.
A revista não tem moral para falar contra a “barbárie”, nem contra os “justiceiros”. E não tem, precisamente, por praticar um jornalismo que é a própria encarnação da barbárie, da falta de escrúpulos, um jornalismo justiceiro.
O Brasil do lulismo tem muitos problemas. Isso é evidente. Mas não venha a “Veja” querer apresentar a receita de “Civilização” ao Brasil. A receita da “Veja” é a mesma que os EUA oferecem à Ucrânia.
Está claro, por essa capa oportunista e velhaca, qual é a pauta dos setores que não aceitam o Brasil um pouquinho mais avançado dos últimos anos: é jogar tudo no “caos”, na “barbárie”, na insegurança. O Brasil é a jóia da coroa na América Latina em 2014. Tão importante quanto a Ucrânia no leste europeu, tão estratégico quanto a Síria no Oriente Médio.
Não sejamos ingênuos. A velha imprensa brasileira – que se reúne com embaixadores dos EUA às escondidas (isso desde 64, mas também em 2010 – como nos revelou o Wikileaks) – é parte decisiva no jogo pesado que veremos em 2014.
A oposição brasileira não tem programa. A economia não afunda como gostariam os urubulinos. Portanto, é preciso produzir a pauta do caos. Esse é o caldo de cultura em que podem prosperar candidaturas “justiceiras” que a “Veja”, os mervais e outros quetais estão prontos a lançar.
Para retomar o Estado brasileiro, eles pouco se lixam se o preço a pagar for a ebulição social. Aécio e Eduardo não darão conta dessa pauta da “ordem contra a barbárie”. A pauta do caos e do Brasil “inviável” (que está na capa da “Veja”) é boa para aventuras autoritárias – semelhantes ao janismo de 1960.
Quem pode encarnar esse figurino? Quem? O terreno vai sendo preparado…
Não creio que o povo brasileiro – equilibrado, sim! E que trabalha duro para construir um país “viável”, sim – não creio que a maioria de nosso povo embarque na aventura da “ordem contra a barbárie” – proposta pela revista. Mas a direita asquerosa e velhaca vai tentar.
O roteiro está claro. É preciso estar atento. E não cair na esparrela de acreditar que a “Veja” – de repente – converteu-se à “Civilização”.
A “Veja” é a barbárie. No jornalismo, na política, na vida do brasileiro comum.

A “Veja” – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.