sábado, 11 de maio de 2013

“A imortal baiana do camdomblé”


Vem coincidir com o convencionado dia das mães, reportagem publicada na revista Carta Capital sob o título “A imortal baiana do camdomblé”, assinada por Cynara Menezes. Referida reportagem aborda a eleição da “mãe de santo Stella de Oxóssi”, no dia 23 do último mês, para a Academia de Letras da Bahia, “lugar ocupado no passado pelo poeta Castro Alves". Como registra a reportagem, Stella diferentemente do “hábito dos candidatos nesta e em outras praças não tinha feito campanha e foi uma surpresa, como afirma a “ialorixá do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, primeira mãe de santo acadêmica do País: “levei um choque, pois é uma coisa que não é comum”.

Gosto, sempre que tenho oportunidade, de ler o que escreve a ialorixá no jornal A TARDE. Seus textos são gostosos de ler, ela consegue transmitir idéias transcendentais, até, de uma forma simples, bem entendível.

Bem, Da. Stella, conheço um pouco de sua história, formou-se em Enfermagem pela Escola Bahiana de Medicina e atuou na profissão por “30 anos até ser escolhida em 1976, mãe de santo do Ilê Axé Opô Afonjá”; portanto, ao que me parece, a única mãe de santo com nível superior e agora “imortal”, na Academia Baiana de Letras e, vejam bem, na cadeira que foi ocupada por ninguém menos que o Poeta dos Escravos.

E faço este registro com muito orgulho, por ver mais um(a) representante do humilde estrato da população, da raça negra, especialmente, ser reconhecido(a), pelas “elites”, porque seu valor entre seu povo é inegável.

Parabéns, Da. Stella. Parabéns para todas as mães!