segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Terceiro Domingo de Setembro

Ponta do Humaitá
Quem conhece sabe que se trata de um ponto turístico da maior importância para Salvador e ali, não obstante às intempéries, à desadministração municipal (que não vem de agora – não quero falar, neste momento, de JH, nosso atual intendente – à depredação dos vândalos e a outras coisitas más); realmente, para mim, trata-se, talvez, do mais importante natural produto turístico e, corroborando com esta minha afirmativa, do jornal A TARDE, de hoje, vejo uma reportagem, que é de Thiago Guimarães, sobre o “Humaitá”. Ali tem-se o “...melhor por-do-sol. Você pega ele de frente” (transcrevendo opinião de um entrevistado).
A ponta do Humaitá, segundo Thiago, tem símbolos: a Igreja e o Mosteiro de Monte Serrat, que data do século 17, coisas feitas, portanto, lá pelos idos de 1.600(dC), que “guarda uma imagem de São Pedro Arrependido”...além da imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat”. Assim como fiz uma sessão de fotos do por-do-sol do farol da Barra (último andar), proponho-me a fazer, também, uma sessão no Humaitá. Dali se tem uma belíssima visão da Baía de Todos os Santos, com suas ilhas, a de Maré, dentre outras e, inclusive, a de Itaparica; vê-se, também, o contorno de toda a cidade baixa, seu cais, o comércio... 
E para quem não conhece, seja baiano, troiano ou grego, aconselho ir lá. Vá lá!

Nossa Presidenta na ONU
É bem emblemática a notícia que vem da “Agência Globo” (noticiada em A TARDE, neste domingo). A nossa Presidenta  vai discursar na ONU, (quem quiser que conteste quanto ao gênero, não tô nem aí.) Para aqueles, (os que contestam a nossa primeira mandatária) o registro que segue.
Trata-se da primeira mulher a discursar na Assembléia da ONU. Talvez resultado da política exterior do Governo Lula, mas, acima de tudo, com amplos créditos dados à sua personalidade, demonstrados em vários e vários testes, especialmente, preparados pela grande imprensa; com avaliação, infelizmente, para os testantes, amplamente positivas.
A Presidenta, em seu discurso deverá enfatizar as medidas do seu governo “...para vencer as dificuldades econômicas do cenário internacional...” (aspas para A TARDE); a posição do governo  brasileiro favorável ao estado Palestino e de mostrar o sucesso de programas brasileiros, como “a ascenção dos mais pobres á classe média; inclusive, “na área da Saúde”, que bate de frente com uma realidade conflitante.
A reportagem é “fechada” com a opinião de um professor da UnB, Virgílio Arraes, que, como a minimizar a importância do evento diz: “o presidente do Brasil abrir o encontro é uma tradição” e que o fato de a primeira mulher discursar na abertura da Assembléia da ONU é “apenas um simbolismo”. Opinião nitidamente de quem se constrange com o fato em foco. E, a exemplo dele, há muitos despeitados, localizados na velha e retrógrada elite brasileira.

Sinais dos Tempos
“China ajuda à Europa, mas Impõe condições” (Agência O Globo, Pequim)
Quem diria, hein? A China comunista(?) impondo condições à potência capitalista européia; o império norte-americano em sérias dificuldades financeiras, quem diria hein?.
“...mas a China não está sozinha nesta empreitada. Esta semana os BRICs se reúnem em Washington...para discutir uma ajuda à Europa. Quem diria, hein? Países tidos como terceiromundistas, incluindo o Brasil, ajudando as potências do “primeiro mundo”.

Sobre o “11 de Setembro” de 2001
Esta data jamais se apagará da memória do povo norte-americano. A superpotência, habituada a fazer estragos e mais estragos fora de seu território, (um deles, talvez, o mais feroz [o de maior intensidade devastadora, num pequeno espaço de tempo] foi o ataque atômico contra o Japão, há mais de 50 anos), viu símbolos (as chamadas torres gêmeas) do capitalismo serem destruídos, quase que de uma só vez, assim como o símbolo da sua superpotência militar, o Pentágono, ser atingido, embora em menor grau.
Não se concebe como isto pode ter acontecido com um país que investe trilhões de dólares em sua defesa.
Na cobertura do trágico acontecimento, reportagens e mais reportagens foram feitas na mídia em geral e houve sempre a preocupação em saber-se o que determinado entrevistado fazia quando do momento do ataque. Seguindo esta linha, ponho-me a relembrar o que fazia eu. Estava na Associação dos Aposentados (ABAICT), quando a TV entrara para dar a notícia do primeiro ataque, com as imagens, e “ao vivo” (digamos assim) assisti ao segundo avião dirigir-se à segunda torre e chocar-se brutalmente provocando a destruição, já do conhecimento de todos. Foi uma cena muito forte, chocante e triste, especialmente por causa das pessoas que morreram e por causa daquelas que vi se jogarem dos gigantescos andares dos edifícios, para a morte, fugindo do fogo.
Infelizmente, um fato de natureza tão atroz, ao invés de conduzir os homens ao entendimento; à paz; à concórdia, somente gera, como gerou, mais violência, mais guerras, mais mortes, mais destruições.

Mecânico vive com um caixão na sala há 30 anos (A TARDE, 11/09/11)
Numa reportagem de Ana Cristina de Oliveira, de Itabuna, o jornal informa que “Dida do Caixão, como é conhecido”, o mecânico Ronaldo Pereira Adorno, de 40 anos virará “celebridade, porque o programa do Faustão na TV vai mostrar matéria com ele, no quadro Giro do Domingão”. É que “Dida do Caixão” convive, há 30 anos, com “o caixão que vai ser enterrado na sala de casa”. É um hábito deveras inusitado e, para muitos, assombroso, até. Para mim, não se trata de novidade alguma. Marcos (“Jacaré”), colega dos Correios, de há muito conservava um caixão de defunto em seu quintal, à espera de sua morte. Não sei se ainda o conserva, porque ele se queixava dos aborrecimentos que o caixão causava à sua relação matrimonial.