sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

SOMOS A ROMA NEGRA





Por Carolina Coelho
Nassif,
Para quem se interessa sobre os estudos afro-asiáticos a contribuição da cultura negra no Brasil, abaixo está o site da Revista Acadêmica produzida pela Ufba. Quem se interessa pelo tema, vale a pena ler.
le="margin-top: 0.5em; margin-bottom: 0.9em;">Neste site abaixo, em pdf, está um ensaio do professor Dunn, em que ele fala sobre a cultura baiana/soteropolitana e a comparação com New Orleans. Para Dunn, Bahia, Caribe e Estados Unidos, são os mentores da música mundial. Há, também, em outras revistas, artigo de sociólogos e antropólogo brasileiros, franceses, americanos e ingleses sobre a civilização afro-asiática.
Dentro de uma visão antropológica em que o divino está em todos os povos, o diálogo da Bahia com a África, Europa e Ásia, permite que, ao que foi designado no passado, Salvador/Bahia seja uma Roma Negra, melhor dizendo, uma miscelânea de várias etnias africanas, oriental, árabe, judaica. Vale a pena conferir. Americanos e europeus, às vezes, conhecem mais o Brasil do que muitos de nós, pena que também, às vezes, muito vão lá para a Bahia para nos estudar  e estes estudos se tornarem pauta de interesses de suas políticas de Estado, como por exemplo, a política de Boa Vizinhança. Mas, enfim, para quem quiser conhecer o Brasil e sua identidade matriz, os artigos são excelentes. Sempre passam pela formação da província que era a joia da coroa portuguesa, que trouxe para cá todo o seu aparato burocrático - político, administrativo e militar e a partir de então, todos os processos que forjaram o Brasil tal qual conhecemos hoje.
Nas palavras de um professor americano, somos um povo regional e global, temos a Grécia da racionalidade, a compreensão prática do Direito Romano e o sobrenatural afroasiático. Em outras palavras, racionalidade e o sobrenatural, está no nosso cotidiano e lidamos com isso sem problemas. Muitos povos no passado foram assim e deixaram sua marca, por exemplo, os egípcios, os judeus e os próprios gregos. Bem, estes somos nós, baianos, a mãe de leite do Brasil, como diria Gilberto Freyre, a Vírgínia brasileira, para Nabuco. Ou para nós, baianos, somos a essência do Brasil. Somos a essência que forma um todo continental e universal. Somos a Roma Negra.

MAIS UM ESCÂNDALO QUE SE PREPARA